Dona Ângela Polli já pode ser chamada de empresária. Quando iniciou seu negócio em Forquilhinha – produção de massas caseiras – tinha apenas uma bicicleta como meio de transporte, para auxiliar nas vendas. Hoje, 12 anos após os primeiros passos como empreendedora, já fornece 35 tipos de produto para restaurantes e supermercados da cidade e arredores, substituindo a bicicleta por veículo próprio. “Na minha atividade, somos apenas eu e a máquina, que faz toda a produção de massas. Eu mesma gerencio e administro o meu negócio. Iniciei como cooperativada e o meu investimento inicial foi de 150 mil reais. Somente após 10 anos de batalha consegui ver lucro de fato, e hoje está tudo indo muito bem”, comemora. Ângela fazia parte do público ouvinte da palestra ministrada por estudantes da Escola de Empreendedores, projeto desenvolvido em parceria entre a Satc e o Crédito Solidário (Credisol). “Nós temos apenas a teoria e os microempresários que comparecem às palestras têm a prática. Então, é uma troca muito positiva”, ressalta o aluno Caio Zucchinali. “As aulas são abertas à comunidade. Quem tem a intenção de abrir o seu negócio, ou já abriu, mas está inseguro, ou, ainda, quem pretende analisar se está procedendo de maneira correta na sua microempresa, pode comparecer à Escola de Empreendedores e adquirir mais conhecimento”, reforça o Diretor Executivo da Credisol, Júlio César Búrigo. Foi o que fez Dona Ângela: “mesmo com anos de experiência, é sempre muito útil ouvir sobre a nossa atividade e analisar o que dá para ser melhorado e o que pode se evitado”, complementa. O coordenador do curso Técnico em Administração da Satc, Ari Azambuja, explica que a Escola de Empreendedores segue os objetivos do curso, de estimular o pensar do aluno e de que ele se forme consultor e gerador de conteúdo. “Nossa missão é gerar massa crítica, fazendo com que os estudantes não apenas absorvam informações, mas criem, questionem e, por meio de seus conhecimentos, liderem”, salienta.