O desejo de entender o mercado e melhor administrar seu negócio levou dezenas de empreendedores individuais à sede da Associação Comercial e Industrial do Vale do Araranguá (Aciva). Em uma parceria do Sebrae e da Credisol Crédito Solidário, o consultor de vendas José Renato da Silva, de Florianópolis, ministrou gratuitamente a oficina “Sei vender”. O objetivo da ação é de fomentar ainda mais as atividades dos profissionais, que muitas vezes não sabem como dar continuidade ao trabalho recém-iniciado. Conforme o ministrante, as pessoas desenvolvem diferentes talentos, que se transformam em habilidades e, posteriormente, em negócios. “Grande parte delas é muito boa no que faz, mas não sabe apresentar o produto ao mercado. Elas têm dificuldades em tornar aquilo uma fonte de renda, de subsistência. Por isso abordamos os pontos principais da venda, como o relacionamento, prospecção de clientes, provocação ao desejo de compra, entre outros fatores”, expõe o consultor. Durante o evento algumas dinâmicas foram realizadas. Carmen Ribeiro Gomes, do Arroio do Silva, gostou muito da iniciativa e garante que o aprendizado deverá ser colocado em prática em breve. “Comecei fazendo reforma de roupas, costurando algumas peças, e fui colocando alguns objetos para vender no mesmo local. Peguei crédito três vezes na Credisol e agora vou buscar pela quarta vez. Minha intenção é continuar aumentando a lojinha, que já está pequena diante de tantas coisas que tenho para comercializar”, fala a profissional. O evento levou dois meses para ser organizado e agradou ao público. Conforme o agente de crédito, Eduardo Ribeiro Manentti, a ação prevê a melhoria dos trabalhos e atividades dos empreendedores individuais. “A Credisol é uma instituição de crédito que se diferencia das demais. Principalmente por possuir como objetivo norteador a concessão de Microcrédito Produtivo e Orientado com fins sociais e de modo desburocratizado para pessoas que trabalham por conta própria muitas vezes na informalidade. Além de conceder crédito nos preocupamos com a orientação técnica, para que os recursos sejam aplicados da melhor maneira”, fala. Durante o evento foi despertado nos empreendedores a consciência do empresário e gestor, que tem foco no crescimento do negócio através de boas práticas. Ivaneide De Stefane Pereira, de Araranguá, garante que a iniciativa é muito válida. “Fabrico moda íntima há oito anos e no começo de 2013 resolvi registrar a marca. Precisei fazer isso para contratar um funcionário, já que a minha empresinha está crescendo. Sempre é bom se atualizar e se qualificar, o mercado é competitivo”, pontua. O que é o Juro Zero? No programa Juro Zero, o governo banca o subsídio financeiro referente aos juros remuneratórios das operações de até R$ 3 mil. Ou seja, se o empreendedor contratar até R$ 3 mil de empréstimo e estiver com as prestações em dia vai pagar somente sete das oito prestações do contrato. Portanto, o juro é zero. A operação não envolve a cobrança de outras taxas, incidindo apenas juros de 3,07% ao mês que não serão cobrados se as parcelas forem pagas em dia. Os recursos contratados deverão ser aplicados nas atividades produtivas.