Plano financeiro: a ferramenta ideal para a sobrevivência do negócio

Traçar metas e objetivos a curto e longo prazo diminui as chances de erro e ajuda a empresa a prosperar

Onde você pretende chegar com o seu negócio? Em quanto tempo? Para alcançar os objetivos, quais caminhos vai percorrer? Não sabe? Então é bom começar a pensar nestas questões. Hoje em dia, para se manter no mercado, é importante conhecer as respostas para essas e muitas outras perguntas. Elas devem constar em um planejamento financeiro. É ele quem ajuda o empreendedor a chegar onde quiser ir.

Diante das incertezas da economia e do mercado, o plano financeiro se torna um grande aliado para a sobrevivência do negócio. A ausência dele, conforme o consultar da área de finanças do Sebrae, Rafael José Rocha, elava a possibilidade de erro, podendo prejudicar a lucratividade ou levar a empresa a fechar as portas. "A falta de um planejamento financeiro faz a empresa correr perigo de dar mais importância às crises diárias, obrigando o empresário a tomar decisões urgentes, e isso aumenta as chances de erro", enaltece.

Sabendo da importância disso, a Credisol, além de oportunizar microcrédito produtivo para quem trabalha por conta própria, promove orientação técnica, até mesmo a não clientes. Essa orientação também se dá por meio de parcerias com entidades e instituições da região, sendo o Sebrae uma delas. "A Credisol tem por vocação promover o desenvolvimento do pequeno empreendedor, pois acredita que assim as chances de sucesso do negócio são potencializadas. Além de conceder crédito de forma simples e sem burocracia nos preocupamos com a orientação técnica gerencial do tomador de crédito", enfatiza o agente de crédito da Credisol, Eduardo Manenti. Recentemente foram realizadas mais de 12 oficinas de orientação na região com a parceria entre Sebrae e Credisol e cursos de aperfeiçoamento de práticas gerenciais, a Escola de Empreendedores, com a SATC. Para o próximo ano está prevista a reedição do Programa de Orientação ao Pequeno Empreendedor (POPE).

Aproximação com o cliente

Conforme Manenti, a Credisol pratica uma política de aproximação com o cliente por meio do agente de crédito. O profissional realiza visitas a residências, comércios de bairros e pequenas oficinas com o intuito de levantar informações completas a respeito do empreendedor e sobre a atividade que ele desenvolve para adequar o crédito à capacidade e realidade do mesmo. "Na medida em que esse levantamento avança, o empreendedor começa a perceber, de forma mais clara, a importância do monitoramento e acompanhamento dos dados gerenciais do seu negócio e com a experiência presencial adquirida nos mais diversos ramos de atividade o agente é capaz de contribuir ainda mais com o desenvolvimento da atividade", ressalta o agente de crédito.

Como elaborar o plano

Planejar é traçar metas, elaborar planos com foco nos objetivos do negócio. Segundo o consultor do Sebrae, a ideia é antever o que irá acontecer no futuro. Com isso, o empresário poderá tomar decisões hoje para aumentar os lucros ou corrigir problemas futuros com os resultados.

Rocha ensina que para elaborar um planejamento financeiro é necessário ter clareza das metas e objetivos a serem alcançados pela empresa. O período, conforme o profissional, deve ser de um ano, dois ou até cinco anos. Nele deve constar o desejo da compra de imóvel ou veículo, ampliação da empresa, ampliação da linha de produtos, aumento das vendas, investimento em novo mercado e entre outros.

A previsão de vendas, custos das mercadorias/produtos produzidos/serviços, despesas variáveis e fixas, financiamentos e empréstimos, investimentos previstos são informações imprescindíveis. "Além disso, considerar dados da economia global e do mercado onde atua, opinião de especialistas do mercado, conhecer os pontos fortes e fracos de seus concorrentes e fornecedores, estar em relacionamento constante com seus clientes contribuirá com a precisão do plano financeiro", comenta Rocha.

Erros mais comuns na gestão financeira

- Esperar momentos de crise para tomar a iniciativa de buscar orientação;

- Não conhecer o lucro ou prejuízo do seu negócio, bem como o quanto precisa vender para obter o lucro desejado;

- Não conhecer seus limites de despesa fixa e de compra, além de sua capacidade de investimento;

- Calcular o preço de venda considerando apenas os preços praticados pela concorrência, sem levar em conta o preço que pode praticar com base nas suas despesas e lucro esperado.

Colaboração: Amanda Tesman/Ápice Comunicação